1) Introdução
A peletização é uma operação de moldagem por extrusão termoplástica na qual partículas finamente divididas são aglomeradas em uma forma compacta, chamada grânulo ou pellet. É uma extrusão do tipo termoplástico porque as proteínas e açúcares (carboidratos) tornam-se plásticos quando aquecidos e diluídos com umidade. A moldagem ocorre na operação quando o produto aquecido e umedecido é moldado e seguro nos furos do anel por curto período de tempo e depois extrudado.
2) Objetivo
Existem muitas
razões para se condicionar o farelo na forma de pellets, dentre
os quais pode-se salientar as principais:
a) Redução
do volume e espaço de estocagem: A peletização aumenta
o peso específico do farelo, reduzindo desta forma o espaço
exigido para a estocagem;
b) Melhora
nas características de alimentação: A umidade e a
pressão durante a peletização sobre o farelo, produz
um grau de gelatização a qual ajuda os animais e aves a uma
melhor utilização dos ingredientes nutrientes, melhorando
assim a conversão alimentar. Além disso, o pellet reduz as
perdas durante o processo alimentar. No caso específico de rações,
o pellet ajuda a evitar uma alimentação seletiva, e evita
ainda, a segregação de ingredientes.
c) Melhora
do transporte a granel: Os pellets cilíndricos tem naturalmente
melhores características para movimentação e transporte.
Sabe-se que é muito difícil descarregar silos de farelo se
o mesmo não for peletizado (relação com densidade
do material).
e) Redução
de pó: Diminuição de perdas de partículas finas
durante o manuseio, e permite ainda maior limpeza da área de trabalho.
3) Secagem
O farelo que
sai do dessolventizador-tostador é muito úmido, então
é necessário que se faça uma secagem prévia.
Ao sair pelo redler 9, o farelo é transportado até o quebrador
13A para descompactá-lo e também para obter uma maior eficiência
na sacagem, sendo adicionado a lecitina para que funcione como um agente
de ligação; a lecitina é constituída de fosfatídeos
retirados na etapa de degomagem da refinaria. A rosca 13A transporta o
farelo para o secador, que possui espelhos com vários tubos onde
é aquecido com vapor em contracorrente. Para uma produção
normal de 73 toneladas por hora é adicionado entre 3 a 4 Kgf/cm2
de vapor saturado para o aquecimento. O farelo ao entrar em contato com
a tubulação quente evapora a umidade presente deixando-o
com 18% de umidade em média, e pelo posicionamento de chicanas em
seu interior e também pelo secador possuir uma certa inclinação,
o movimento é progressivo até alcançar o redler TP6
que alimenta o elevador TP6B.
4) Operação
da Peletizadora
Depois da secagem,
o farelo entra no elevador TP6B pelo redler TP6A e segue pelo redler TP11
para as 2 peletizadoras de farelo. O material entra direto na peletizadora
e é distribuído uniformemente no anel. Os rolos compressores
“forçam” a passagem do farelo através dos furos do anel,
e as 2 facas na parte externa do anel cortam os pellets a medida que são
produzidos. Os rolos devem estar ajustados na direção do
anel, até uma relação de distância adequada
com este; a distância ideal é de aproximadamente 0,2 mm.
A operação
da peletizadora de cascas é idêntica ao do farelo e é
feito em um único equipamento, porém as cascas são
previamente moídas para melhorar as características físicas
para ser peletizada. Após isto, as cascas entram na rosca 2 onde
existe a adição de vapor ou de condensado, e em seguida no
misturador; a casca condicionada (moída e úmida) entra na
peletizadora em condições ideais.
A temperatura
dentro das peletizadoras é de aproximadamente 50 a 60°C. Caso
ocorra algum problema nas peletizadoras, o farelo vai direto para o resfriador
por um by-pass, e depois para o embarque ou estocagem.
5) Resfriamento
Após as
peletizadoras 2 e 3 existem respectivamente os resfriadores 2 e 3, e que
desempenham as funções de resfriamento e secagem pela ação
do ar em movimento. A movimentação do ar é obtida
por meio de um exaustor para cada resfriador, entretanto antes de cada
exaustor existe um par de ciclones para coletar as partículas finas,
e que posteriormente são misturados com os pellets na rosca 49.
O par de ciclones do resfriador 2 tem saída pelas roscas TP45 e
TP46, enquanto o par de ciclones do resfriador 3 pelas roscas TP47 e TP48.
Os resfriadores 2 e 3 são horizontais e idênticos, trabalhando
cada um com 2 fitas interiormente. A peletizadora alimenta o resfriador
por gravidade na fita superior, e que ao chegar no fim, alimenta a fita
inferior que retorna os pellets.
O resfriador
dos pellets de casquinhas é vertical, onde os pellets descem por
gravidade. O ar é movimentado por um exaustor e em seguida para
um ciclone, retornando posteriormente para a rosca TP49. O resfriador de
cascas retira, assim como no de farelo, aproximadamente de 5 a 6% de umidade
dos pellets.
Os pellets de
farelo seguem pela rosca TP49 para a fita TP10 e em seguida para a fita
TP17. Para direcionar para o armazém de farelo, a fita TP17 alimenta
a fita TP22 e a fita TP18; se o objetivo for o embarque a fita TP17 alimenta
a fita TP38 que por sua vez alimenta os elevadores TP39 e TP40. O farelo
pode ser retirado do armazém pelo elevador TP20 e que alimenta a
fita TP19, na sequência o farelo é retornado para a fita TP21.
Os pellets de
casquinhas saem do resfriador pela rosca de saída do resfriador,
e que alimenta o elevador de cascas. Este elevador despeja os pellets em
uma moega, e que alimenta o elevador TP16 para em seguida fazer o embarque
do caminhão.